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quarta-feira, 23 de maio de 2012

2153 - alpiste para todos

O BISCOITO MOLHADO
Edição 3853                                               Data: 17 de maio de 2012
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MENSAGENS ELETRÔNICAS COMENTADAS

Antes dos nossos comentários, transcrevo, in verbis, o conteúdo de um e-mail do Dieckmann:
“O novo apelido do Botafogo é perfeito; “Elvis Presley”, porque fez muito sucesso nas décadas de 50/60 e muitos acreditam que ainda está vivo. Saudações tricolores, de um tricolor (eu sou Flamengo).”
“Ciao Dieckmann.”
Quando um conhecedor profundo de carros do passado resolve enveredar pelo futebol dá nisso...
Então, o Botafogo só fez sucesso nas décadas de 50 e 60?...
Bem, apesar de o torcedor do América, Lamartine Babo, colocar no hino do Botafogo que o clube é campeão desde 1910, o Botafogo também abiscoitou o de 1907, juntamente com o Fluminense.
Prosseguindo; eu, que pensava que o cognome “glorioso” surgira do fato de o Botafogo ser a agremiação que mais jogadores forneceu à seleção brasileira, agora sei que o motivo foram as acachapantes goleadas que ele aplicava nos adversários desde tempos remotos. Em 30 de maio de 1909, o Botafogo alcançou o maior número de gols numa só partida, na história do futebol brasileiro, ao derrotar o Mangueira por 24 a 0. Em 25 de setembro de 1910, venceu o Fluminense por 6 a 1 e, em 29 de maio de 1927, foi a vez do goleiro do Flamengo se cansar de tanto apanhar a bola no fundo da rede: 9 a 2.
Um pouco antes do sucesso dos anos 50 e 60, precisamente em 10 de setembro de 1944, o Botafogo de Heleno de Freitas enfrentou o Flamengo de Zizinho e... e o time do Flamengo se sentou em campo quando o placar lhe era desfavorável em 5 a 2. Pelo menos, o técnico rubro-negro, Flávio Costa, veio a público e garantiu que a ordem não partiu dele, e sim de algum dirigente, que ele nada teve a ver com uma das cenas mais patéticas do futebol do Rio de Janeiro.  Há testemunhas que garantem que, a certa altura desse jogo, o massagista do Flamengo, Arubinha, gritou: “Arrecua os arfes pra evitar a catastre.” Seria melhor do que sentar todo o mundo.
Nos anos 1931, 1932, 1933 e 1934, o clube da Estrela Solitária se tornou tetracampeã carioca. Na década de 40, antes do título de 1948, conquistado contra o poderoso “Expresso” do Vasco da Gama, o Botafogo foi tetravice-campeão, o que demonstra que não era um mero participante dos cotejos futebolísticos.
Encerrando, pois outras mensagens eletrônicas têm de ser acessadas: o Botafogo faz sucesso desde a primeira década do século XX. (*)
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E a outra mensagem eletrônica também é do Dieckmann e, por coincidência, trata de futebol... ou, pelos menos, de algo parecido. Nosso amigo levou a câmera da Triumpho Produções 30 a um campo com grama e balizas, em Vila Isabel, para filmar uma pelada amistosa disputada entre seus amigos. Ele deveria carregar para lá também o seu neto de 13 anos, pois, assim, a idade média dos atletas, em campo, cairia para uns 60 anos.
Desde o tempo em que Noel Rosa era vivo que não se via tanta inspiração em Vila Isabel.  A voz em off do diretor e narrador do vídeo dizia enfaticamente: “nove a oito... nove a nove... dez a nove... dez a dez... onze a dez...”
E nós víamos as redes estufarem e, mais ainda, as barrigas estufadas dos jogadores. Como brinde, e bota brinde nisso, o cineasta ainda mostrou a festa de confraternização, quando todos recuperaram com sobras as calorias perdidas em campo.
Cut!
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Percebo, agora, que já se achava há algum tempo na minha caixa de correspondência internética, uma mensagem de teor econômico que precifica  o  brasileiro  no mercado internacional. Eis o que ela diz:
“... O valor médio do salário do brasileiro, já descontada a inflação, cresceu 5,6%, e atingiu R$ 1.728,00 em março. Em dólar desde 26 de abril, isso equivale a um rendimento anual de US$ 11 mil. Contra US$ 45 mil nos Estados Unidos e US$ 7 mil na China. Ou seja, no salário, um americano vale quatro brasileiros e o brasileiro vale um chinês e meio.”
Lembro-me de um professor que, no meio de uma aula, surpreendeu a todos com uma pergunta: “Quanto vale um ser humano”. Recorri à imaginação e comparei o ser humano a um bem de estimação, depois de descartar o bem livre, por não ter preço, mas o professor quantificou todos nós monetariamente, falando nos custos de alimentação, educação, lazer, etc.
Apesar de economista, não me agrada o “homo economicus”, prefiro o homem renascentista, que Shakespeare antepôs ao homem medieval na Cena II do Ato II do Hamlet:
“Que obra-prima é o homem! Como é nobre em sua razão! Como é infinito em faculdades! Em forma e movimento, como é expressivo e maravilhoso! Nas ações, como se parece um anjo! Na inteligência, como se parece com um deus! A maravilha do mundo! O padrão de todos os seres criados! E, mesmo assim, que significa para mim essa quintessência do pó?”
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Remetem-me um e-mail em que o alpiste é exaltado como um excelente alimento para o ser humano. Será que, comendo alpiste, morreremos como um passarinho? - foi o meu primeiro pensamento antes de abrir o anexo ou, como diria a Rosa Grieco, o panegírico ao alpiste.
Lê-se, no texto, um parágrafo que afirma que, depois de muitas experiências científicas, descobriram que o alpiste possui uma proteína incrivelmente poderosa, a qual tem seus aminoácidos estáveis o que induz a uma maior eficiência alimentícia no organismo. Quer dizer não é só a garganta que é privilegiada, mas o corpo inteiro.
Talvez fosse bom submeter os envolvidos na CPI do Carlinhos Cachoeira a uma dieta do alpiste para eles piarem.
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Reproduzo uma mensagem eletrônica e a reproduzo sem comentários, pois ela provoca, com toda certeza, discussões acaloradas.
“Fale o que quiser, mas os presídios da época da ditadura militar eram muito bons. Existem comprovações irrefutáveis de que, eles sim, recuperaram presos e deveriam servir de exemplo para o mundo. Nenhum país e nenhum modelo prisional conseguiu reabilitação igual. Orgulho brasileiro! Entraram:
-Guerrilheiros,
-Torturadores,
-Fraudadores,
-Ladrões,
-Assassinos e
-Sequestradores.
Saíram:
-Governadores,
-Ministros,
-Prefeitos,
-Deputados,
-Senadores,
-Vereadores,
-Assessores,
-Dois presidentes da República.

(*) Não pronuncio o nome do clube e até da praia me esquivo. Entretanto, cabe a réplica: o mencionado time, cognominado como Glorioso deve ter parado de conquistar as tais glórias em algum tempo, haja vista o retrospecto de campeonatos: 32 Flamengo, 31 Fluminense, 22 Vasco da Gama (**) e 19...
(**) Não sei bem se são 22 os campeonatos do Vasco. Entretanto, são tantos os vice-campeonatos que o simpático time de São Januário conquistou, que seria meritório agregar uns campeonatos. Assim, pra mim, o Vasco tem 28 campeonatos. Já tetravicecampeonato não conta.

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