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segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

2750 - o 5000

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O BISCOITO MOLHADO
Edição 5000                                           Data: 10  de  dezembro de 2014
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EDIÇÃO COMEMORATIVA DOS 5000
        
Até os alunos do ensino fundamental das escolas públicas brasileiras sabem que, para chegarmos aos 5000, passamos pelos 1000, 2000, 3000, 4000. Assim sendo, vamos relembrar rapidamente o que aconteceu quando o Biscoito Molhado chegou aos números citados.
Quando atingimos o milésimo Biscoito Molhado, pensamos em dedicá-lo às criancinhas pobres, mas Pelé já o tinha feito anos antes. Além disso, havia outro problema, teríamos dificuldade de chorar no momento da dedicatória.  Como Marlon Brando, as lágrimas não descem facilmente pelo nosso rosto; no caso do ator, ele precisou receber a notícia da morte do filho, no “Poderoso Chefão”, para chorar.
Dedicamos, então, o número 1000 aos leitores que, na época, acumulavam as funções de personagens e repórteres, isto porque o nosso jornal se limitava aos  bastidores da Marinha Mercante, onde ficava a nossa redação (parte dela ainda fica, mas é segredo).
No Biscoito Molhado 2000, várias cartas de congratulações vieram até nós, e vamos reproduzir duas delas, cujos remetentes foram da turma 1961/1967 do Colégio Militar do Rio de Janeiro.
-”Chegar aos 2000 não é só transpiração, também é inspiração.”
Mário Mello
-”Chegar aos 2000 com um só processo, uma só punição e a perda da única gratificação (além de algumas ameaças de empastelamento sustadas por amigos) é uma prova de liberdade real. Que o diga o Barão de Itararé que apanhou bem mais...
Parabéns ao Biscoito Molhado, que venha o 3000.”
Dieckmann
 
Esta carta do Dieckmann vem a propósito para explicarmos mais uma vez o porquê da edição deste BM ser 2750 e o número, 5000. Depois do PAD – Processo Administrativo Disciplinar – que nos atingiu porque seguíamos o ensinamento do Millor Fernandes: “Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados” – resolvemos ampliar o nosso universo que, diga-se de passagem, também está em expansão. Deixamos, praticamente, de lado aqueles leitores que também foram personagens e repórteres, além do cisne branco em noite de lua e passamos a falar de todos, vivos e mortes, taxistas e celebridades da cultura que, mesmo mortos, não deixam de nos visitar. A partir da edição 2250, colocamos em prática, com mais ênfase essa decisão e iniciamos uma nova contagem a partir do nº 1 (nada tem a ver com marca de cerveja).
Dieckmann, que antes do segundo milênio se tornou distribuidor do Biscoito Molhado, pediu o número 3000, e ele veio no dia 4 de fevereiro de 2004.
É verdade que o espartano Leônidas fez, com 300, muito mais do que nós, com 3000, pois os nossos adversários não tinham flechas que obscureceriam o sol, eram alguns botocudos com armas rudimentares.
No número 3000, relembramos as edições pretéritas que se esgotaram antes de ir às bancas, como aquela que teve como manchete “Em Busca do Salário Perdido”. No caso, o Banco do Brasil, no dia do pagamento, trocou as agências ao depositar os salários dos funcionários do Departamento de Marinha Mercante, o que provocou uma balbúrdia dos diabos; gente correndo da agência Pio X à Cinelândia, com os agiotas nos seus calcanhares.
Outra manchete impactante foi “O Resgate do Soldado Popa”. O Coordenador-geral de Transportes Marítimos, Paulo Octávio de Paiva Almeida, mais conhecido pelo acrônimo Popa, estava numa reunião do Mercosul, em 23 de março de 1999, quando assassinaram o vice-presidente do Paraguai, Argaña. Todos devem se lembrar que as autoridades paraguaias fecharam as fronteiras e, com raras exceções, não deixaram ninguém sair do país. Um dessas exceções foi a delegação do Corinthians, que participara de um jogo lá. Popa procurou voltar para o Brasil disfarçado de massagista do Corinthians, mas a sua intenção foi frustrada e ele teve de ficar mais tempo lá, desesperado, bebendo uísque falsificado. A nossa reportagem entrou em ação e nós contamos como foi o seu resgate.
Na edição 2200, de 3 de agosto de 2012, alcançamos os 4000. Em vez de nos vangloriarmos, exaltamos os 18 anos do Plano Real, que resistia a tudo, até mesmo ao ministro Guido Mantega, ministro da Fazenda no segundo governo Lula e, posteriormente, carimbador das decisões da presidente Dilma, no primeiro mandato da dita cuja.
Agora, os 5000.
Como somos ouvintes e resenhistas do Rádio Memória, pensamos numa exibição, no Bar Cariocando, no Catete, onde Jonas Vieira deu o pontapé inicial das efemérides pelo centenário do cantor Orlando Silva, que ocorrerá no dia 3 de outubro de 2015.  Lá, certamente, contaríamos com a presença do Simon Khoury, que, evidentemente, aproveitaria a oportunidade para contar histórias do ator Carlos Kroeber, o Carlão.  O problema é o horário: a redação se recolhe ao grabato, como diz a Rosa Grieco (catre, leito pequeno e pobre, para quem tem preguiça de se levantar e ir até o Aurélio) às 21h 30min, e esses shows só se iniciam às 22h.
Enquanto não decidimoo o local da festa, aqui vão algumas cartas que chegam à nossa redação.
 
-”O Biscoito Molhado é um jornal da esquerda; deveria ser censurado.” - Jair Bolsonaro.
 
-”O Biscoito Molhado é um jornal da direita; deveria ser censurado.” - Franklin Martins.
 
-”5000?!... podemos superfaturar para 50 000.” - João Vacarri Neto.
 
-”5000?!... Eu não sei de nada.” - Lula.
 
-”Eu também não.” - Dilma Rousseff.
 
-”Espionando os moradores de Del Castilho, descobri um cidadão que alcançou 5000 “Wet Cookies”. Ele conseguiu isso porque seguiu o meu lema: “Yes, I can”. - Barack Obama.
 
-”Não gastem muito nos festejos dos 5000, pois temos de cortar os gastos.” - Joaquim Levy.
 
-”Não tem pão, comam biscoitos molhados.”  Maria Antonieta
 
-”Na natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma em Biscoito Molhado.” Lavoisier.
 
-”Vai que é tua, Biscoito Molhado.” Galvão Bueno.
 
-”Peixe, embora eu não seja dado a leituras, gosto das pessoas que escrevem para a galera.” Romário.
 
-”Vou aí, no Chinelão de Del Castilho, mesmo não sendo Dia de São Jorge, para comemorar, tomando umas cervejas de manhã até a noite.” - Zeca Pagodinho.
 
-Logo depois do milésimo gol, eu também festejei, no Pasquim, os 5000, mas não foi jogando bola nem escrevendo... Millor Fernandes.
 
-O tipo do jornalismo do Biscoito Molhado não me agrada, pois expõe cidadãos sem consultá-los previamente. Paulinha já havia chamado a minha atenção para isso. Mas não consigo viver sem a leitura do Sabadoido. Caetano Veloso.
 
-”Corri para a banca de jornal para ser o primeiro a ler o BM 5000, mas tive problemas com os pneus e não consegui. Uma pena, pois o carro estava ótimo.” Felipe Massa.

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