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sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

3004 - L Deitar e Rolar


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O BISCOITO MOLHADO

 

Edição 5253L                                 Data:  07 de janeiro de 2016

 

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PRATO CHEIO

Nunca consegui ouvir o decantado programa Rádio Memória, da Roquete Pinto, mas também nunca perdi uma reprodução dele, todas feitas pelo Carlos. Ela vinha traduzida, explicada, pesquisada e mastigada. Pronta para o consumo.

Eu não ouvia pelo compromisso que tinha com meus treinamentos de tênis de mesa, que coincidiam com o horário do programa. Mas agora, como estamos em recesso do bate-bola, me foi possível sintonizar a 94.1 e ouvi-lo na íntegra.

Uma beleza! Muito bem conduzido pelo Sergio Fortes – eu ouvia o programa no rádio do carro e, por uma atenção mais demorada ao trânsito, não me dei por conta do porquê da ausência do Jonas Vieira (isso, com o Carlos, não aconteceria).

O programa transcorria como de hábito e eu, fora do meu hábito, não corria, para que desse tempo de chegar ao meu destino junto com as despedidas do apresentador. E não é que deu certo?

O curioso é que, pelo que eu conhecia do Carlos, o programa estava à feição dele, para ser reproduzido em duas ou três partes. Vejam só:

Sergio comentou que disseram que o horário de verão transtornava a vida dos cachorros. Indagou se alguém vira algum animal com um “Rolex” preso à pata. E exclamou:

- Quanta besteira! Isto me lembra do Febeapá, do inesquecível Stanislaw Ponte Preta – “Festival de Besteiras que Assola o País”.

Depois, referiu-se ao violinista André Rieu – esse deu muito assunto.

Como próxima atração, Sergio Fortes anunciou Johann Strauss. Muito à vontade, Carlos diria onde ele nasceu, quem o influenciou, a quem ele influenciara, isso tudo com tanta harmonia, que a nós, só sobraria valsar... E eu, de Strauss, só conheço mesmo “Danúbio Azul”.

Em seguida, o programa nos brindou com um pianista apresentando “Samba em Prelúdio” e, diante da magistral execução, o nosso Sergio se desculpa pela inveja que sente.

Imagino, nessa hora, o Carlos contando o momento criativo dessa parceria - o Vinícius dizendo para o Baden que a música era plágio de um determinado clássico.

Baden negava e tocava, tocava, até que o sol, já raiando, fez Vinicius se convencer de que não era plágio e, em menos de dez minutos, esmera uma maravilhosa letra!

E, como se não bastasse, Sergio Fortes nos oferece “Camerata Brasil”, de Ernesto Nazareth. Esse é outro compositor que o amigo Carlos conhecia profundamente.

E, é claro, que o Redator iria realçar as qualidades e a competência de Sergio Fortes, minimizando, melhorando o sentido da palavra inveja, usada pelo locutor, ao elogiar o pianista que executou o “Samba em Prelúdio”.  A palavra valia como profunda admiração.

Finalizando, lembrando Baden, digo que, ao ouvir o primeiro programa Rádio Memória, em 2016, o Carlos iria “Deitar e Rolar”.

 

2 comentários:

  1. Mais homenagens ao Carlinhos, mais uma vez por parte do Luca. O titulo é "PRATO CHEIO", mas o padrinho, editor e revisor do BM por vezes rebatiza a cria, a revelia do autor, eventualmente só pra ser provocador. E tb seu hábito, "asteriscar" o texto, para melhor contextualizar os demais leitores, as vezes com questionamentos mas tb com espirito de louvores.

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