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quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

3092 - FM Os Jetsons



O  BISCOITO  MOLHADO
Edição 5352 FM                           Data: 15 de fevereiro de 2018

FUNDADOR: CARLOS EDUARDO NASCIMENTO - ANO: XXXV


NOVO MUNDO
           

O  mundo de amanhã já está chegando, faltam apenas alguns milhares de anos para que a Terra seja “descoberta” pelos extraterrestres e que os terráqueos do futuro se aventurem pelo espaço, se façam conhecer e sejam novidades lá  para  os de outra galáxias. Por enquanto, só há, mesmo, especulações e pretensões científicas.
    
    Convém lembrar que há pouco foi lançado ao espaço um carro vermelho para ser encontrado daqui a, quem sabe, um milhão de anos, pouco tempo, mesmo traduzindo-se esse tempo em anos-luz mas, de lá para cá, atravessar   a escuridão do Universo, isso seja café pequeno para os extraterrestres, que poderão encontrar esse Tesla Roadster perdido no espaço, levando uma placa metálica onde está escrita mensagem de efeito: “Feito na Terra pelos humanos.” Pela pretensão expostas, os de cima deverão estar aprendido em outras línguas, principalmente o inglês. Em outra mensagem, extraída de livro de ficção científica “O mochileiro das galáxias”, uma expressão de paz: ”Não entre em pânico.” O  mochileiro  “fake” sideral sentado ao volante do belo carro vermelho, vestido como um astronauta, chama-se Starman, tem o dom de escutar uma canção de David Bowie que diz poeticamente que “Há um homem das estrelas esperando no espaço.”

  Tudo muito bem bolado. Eles, os extraterrestres, deverão reunir linguistas, matemáticos, argutos interpretes conhecedores de semiologia e poderão passar alguns séculos para compreender as mensagens dos também argutos terrestres e ficar satisfeitos de encontrarem por aqui um verdadeiro paraíso, ambiente de povos fraternos unidos, sem guerra, sem armamentos nucleares de arrepiar, sem poluição, verdadeiros irmãos em pensamentos, palavras e obras, sem ladrões, sem corruptos de alto nível governamental nem na raia miúda, sem assaltantes chinfrins, sem facções criminosas que dominam o ambiente com drogas e propinas, para ter o direito de agir livremente, com segurança total, e muito mais - hospitais sem filas, gente sadia, sem doenças modernas ou as já esquecidas, que estão voltando e matando  “De vagar, de vagarinho”, como diz a música do lá da Vila.

   Por enquanto, tudo é escuridão lá por cima. Mas, daqui a uns milhões de anos, quem sabe! Quando tudo estiver nos eixos por aqui, o que for encontrado deverá encantar os extraterrestres ou, tudo depende, estarrecidos com coisas tão insignificantes  como as que estão sendo enviadas  para o espaço, até agora, como o grande feito da Nasa, em 1972, ao despachar duas naves, Pioneer 10 e 11, com mensagens escritas em placas metálicas para serem traduzidas e entendidas por outras civilizações. Cinco anos depois outras duas naves subiram sem destino, a não ser a possibilidade de um encontro sensacional, ao serem ouvidos ou lidos o que consta do pequeno mas evoluído conteúdo em disco de ouro com informações e mensagens dos seres humanos de elevado conhecimento científico, um desenho de um homem e uma mulher nus, com indicações matemáticas de onde teriam partido, levados pelas Voyager I e II, nesta com o casal já vestido, para não causar espanto aos pundonorosos extraterrestres. Outro disco (que terá de ser descoberto como poderá ser ouvido),  há sons da natureza e a canção “Johnny Goodie”, cantada pelo roqueiro Chuck Berry. Tudo bem elaborado e arquitetado, se os extraterrestres,  em vez de “siderados” com o distinto casal e encantados com a música   resolvam descer à Terra para mostrar o que terão feito enquanto eram por aqui apenas imaginação dos felizes terráqueos com seus carros e música de roque, vão provocar, no mínimo, um choque de civilizações. Podem desembarcar de suas naves trazendo veículos ultramodernos, de causar espanto, e bandas de música de entontecer os modestos ouvintes do nosso planeta. Por enquanto, o carro vermelho enviado pelo empresário sul-africano Elon Musk como mostra de alta tecnologia de transporte, não passará de inútil propaganda e um gesto fútil de quem tem grana para gastar à toa. Mas, questão de gosto não se discute. O que for encontrado por aqui, será decepcionante, coisa que considerarão do “arco da velha”, e, se tiverem paciência e disposição, vão ter muito o que ensinar.  





3 comentários:

  1. Enquanto toda essa alta tecnologia se desenvolve acabei de saber que a Ilha do Governador foi inundada e que a minha casa, fechada, pois estou em Icaraí, Niterói, na casa da minha filha, foi vítima de enchente, como há cinquenta anos. Nada mudou, pelo contrário, piorou, pois a comunidade a beira mar joga entulho nas saídas das águas pluviais da minha rua.
    Faço fé na matemática, física e mecânica quânticas, fendas e universos paralelos, mas para que encontrar ou ser encontrado por outros seres e correr o risco de disseminar nossa cultura tão corrompida com coisas tão do "arco da velha" tais como espoliação, serviço escravo, corrupção, discriminação, enriquecimento ilícito,
    guerras e holocaustos?
    Um mundo só nos basta, Fernando!
    Desculpe a falta de fé mas não sei nem o que me espera quando voltar para casa.

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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