Total de visualizações de página

quinta-feira, 24 de março de 2016

3023 - L Vou voltar, sei que ainda vou


----------------------------------------

O BISCOITO MOLHADO

Edição 5272L                            Data: 24 de março de 2016

FUNDADOR: CARLOS EDUARDO NASCIMENTO - ANO: XXXIII

------------------------------------------

“QUEM CANTA SEUS MALES ESPANTA”

“A música popular me envolve,na medida
de tensões e emoçõesque me acontecem,
sejamsentimentais, sociais ou mesmo obscuras.
E então canto porque me encanto,
canto em qualquer canto e canto, por enquanto...” ...

Tem dias que a gente sente que alguma coisa precisa ou está para acontecer. Não é pressentimento, é o curso dos fatos; a voz é passiva, desenham nosso destino; é a “Roda Viva”.
Vento do mar no meu rosto vem do lazer gratuito que a Natureza nos proporciona.É tudo o que se tem, sem tributo, sem ônus. A calçada cheia de gente, em um ir e vir, parecendo bailar na “Valsa de uma Cidade”.
Meu coração, não sei porque fica fora do ritmo e não bate feliz. Ressente, e o que nele era poético, passa a ficar turvo. Perde a inspiração e deixa de ser “Carinhoso”.
O homem que diz: - dou, não dá, e todos me disseram isto e aquilo e todos acusaram todos e todos me enganaram. Coitado de mim, que caí no traidor “Canto de Ossanha”.
Os sonhos mais lindos, sonhei. Sonhei que as coisas se arrumariam e que dias melhores viriam. Muitos também sonharam, mas viram seus dias se acabarem. E dou conta de que meus dias, meses e anos também estão indo. E, como bobo, vivo numa eterna “Fascinação”.
Se a gente lembra, só por lembrar, que, nesta terra, tudo o que se planta,dá; que filho teu não foge à luta, pode-se perceber com imensa tristeza, que se trata de pura retórica, pois tudo amarga        Qui nem jiló”.
Por tanto amor, por tanta emoção, me engajei, me filiei, fiz campanha, rompi com teorias caducas, numa esperança sem fim. Hoje me contenho, vivo a um passo do extremo, penso duas vezes e, usando bom senso, sou”Caçador de mim”.
Quem acha, vive se perdendo. É assim que me encontro, nesse desgoverno e nas opções que me oferecem. Então, clamo para que os que estão dentro saiam, e os que estão fora não entrem. Faço isso em “Feitio de oração”.
Vidas que se acabam a sorrir, porque as lágrimas já secaram, no lamentar perdido das ilusões. Sigo em frente, tateando por caminhos escuros, diante de poderosos iluminados por “Luzes da Ribalta”.
Vai, vai, vai começar a brincadeira, há políticos no poder a vida inteira, com discursos demagógicos; há projetos fundamentados em asneiras; há mágicos que somem com tudo. Nas esquinas, o povo faz malabarismos e, no dia a dia, anda na corda bamba. Os dirigentes fazem desse país uma verdadeira gandaia, uma orgia só, uma baderna sem limites, enfim, O Circo.
É pau, é pedra, o que vejo nos embates de rua, numa luta feroz. Os que se antagonizam, empunham mastros sem bandeiras, têm os ideais iguais, as mesmas arrogâncias, iras e inocências. Para esfriar nossos ânimos, que venham logo e que nos lavemos nas Águas de Março”.
Caminhando contra o vento, contra toda adversidade, na surdina ou ao megafone, com punhos erguidos ou algemados, vou à cata de alguma “Alegria, alegria”.
Não me iludo, tudo permanecerá nessa desordem, bem organizada por combinações espúrias, jogando-nos uns contra os outros, num litígio sem fim. Espero que surjam novas formas pacíficas de convivência, transformando e ensinando o que há de melhor. E que apareça um novo “Tempo rei”.
Prepare seu coração pras coisas que se vislumbram para breve. As propostas que se oferecem são amargas como fel e os vírus que pululam, desafiam os pesquisadores, com salários irrisórios, mas por seus bons princípios, não fogem em “Disparada”.
Quando o muro separa, uma ponte une – deve ser este o sentimento a prevalecer. Não se suportam mais a omissão, o descaso, o desrespeito de uma liderança ignóbil, que nos deixam em um eterno “Pesadelo”.
Sou brasileiro, de estatura mediana, mas desde criança padeço com falsas promessas. Vi gente de botas e bombachas e a seguir me serviram um café frio; chegou um doutor com estetoscópio no pescoço e até com vassoura na mão vieram, ele e Eloá; bebendo amargo chimarrão, e dos pampas veio mais um. De um dia para outro, aquartelaram-se muitos, com muitas armas e por muito tempo. Houve quem chegasse cheio de planos e me mandasse fiscalizar; com pose de caçador, o posudo que caçou o que era meu; depois, apareceu outro, por acaso. Agora, imagine um mestre, com porte de príncipe, dizer que o que havia escrito estava completamente errado... E, como desgraça pouca é bobagem, em uma onda de paz e amor, conheci o horror – com enorme decepção vi se desprender do peito uma estrela “de-cadente”. Estou farto de”Lero, lero”.
Podem me prender, não vou parar de cantar. Gritar gol não me alivia, torço contra, porque as vitórias no futebol não mudam meu país. Não tem jeito, de jeito nenhum e eu não mudo de “Opinião”.
Quando eu soltar a minha voz, por favor, me entendam, me escutem, não deixem que me calem. É preciso mudar. É hora de estancar o que ferve em nossos corações, que vivem”Sangrando”.
Ouviram?(...)

Leiam, a seguir, os autores acima citados:



AUTORES CITADOS

RODA VIVA - CHICO BUARQUE
VALSA DE UMA CIDADE - ANTONIO MARIA
CARINHOSO -PIXINGUINHA / JOÃO DE BARRO
CANTO DE OSSANHA -BADEN POWELL / VINICIUS DE MORAES
FASCINAÇÃO- F. D. MARCHETT I/ M.D.FERAUDY / versão: ARMANDO LOUZADA
QUI NEM JILÓ - LUIZ GONZAGA / HUMBERTO TEIXEIRA
CAÇADOR DE MIM - MILTON NASCIMENTO
FEITIO DE ORAÇÃO - VADICO / NOEL ROSA
LUZES DA RIBALTA - CHARLES CHAPLIN / versão: FRANCISCO PETRÔNIO
O CIRCO - SIDNEY MILLER
ÁGUAS DE MARÇO – TOM JOBIM
ALEGRIA, ALEGRIA - CAETANO VELOSO
TEMPO REI - GILBERTO GIL
DISPARADA - THEO DE BARROS / GERALDO VANDRÉ
PESADELO - MAURICIO TAPAJÓS / PAULO CESAR PINHEIRO
LERO – LERO - EDU LOBO
OPINIÃO - ZÉ KETI

SANGRANDO - GONZAGUINHA

11 comentários:

  1. E no entanto é preciso cantar
    Mais que nunca é preciso cantar

    Música, Música
    Companheira do quarto dos rapazes
    Entre revistas e fumaça
    Confidente do quarto das meninas
    Entre calcinhas e sandálias
    Música, música
    Farol na cerração dos grandes medos

    Canta, que a vida passa
    E se ela passa
    Melhor cantar

    E a Edição 5272L a nos encantar

    ResponderExcluir
  2. Pinta & Borda, a Distribuição do seu O BISCOITO MOLHADO fica extasiada com a sua poesia!

    ResponderExcluir
  3. Poesia Minha? Autores: Luiz Eça / Aloysio De Oliveira, Simone e Vinicius De Moraes / Carlos Lyra. Conhece alguém, não? As obras já sabemos que não, ao atribuir a mim sua autoria.

    Caro Dickstribuidor, aproveitando o seu enebriante subtitulo (Vou voltar, sei que ainda vou), volte a ler o BM 5272L, este sim, puro êxtase. Não desperdice seus quase orgasmos com comentarios menores. Êxtase pouca é bobagem...

    ResponderExcluir
  4. Em nenhum instante o Dieckstribuidor deixou de perceber a sabedoria da escolha da poesia. Afinal tudo desta edição é apropriado de outrem, com a tal da sabedoria.

    ResponderExcluir
  5. Bem fez o genial autor do BM 5272L que com a tal sabedoria, tratou de citar preventivamente os autores de sua "apropriada" obra.
    E, tijolo com tijolo num desenho mágico*, construiu as paredes sólidas* de sua construção*, fundindo com maestria, opinião crítica com poesia.
    E num desenho lógico, abriu cada paragrafo com o inicio de cada musica e fechando com o título da mesma.
    Além da escolha das poesias "apropriadas de outrem", teria o extasiado Dieckstribuidor, percebido também essa "tal sabedoria"?
    Se sim, como estamos no sábado de Pascoa, Aleluia Irmão!!!
    (*) Chico Buarque de Holanda

    Em tempo: "Aleluia!" (Ou Halleluyah para os leitores hebraicos do BM) é palavra tb usada para expressar sentimentos de conquistas, quando algo desejado acontece

    ResponderExcluir
  6. Esse BM 5272L tem 833 palavras e só 129 (15%) são claramente citações. Logo, afirmar que "Afinal tudo desta edição é apropriado de outrem", me parece falta da "tal sabedoria" e me causaria forte indignação fosse eu seu genial autor.
    Já na edição Edição 5268D que tem 1011 palavras, mais que 767 (75%) são efetivamente “apropriado de outrem", mas nem assim seria elegante afirmar que "tudo desta edição é apropriado de outrem" e
    embora dessa vez, com reconhecida "tal sabdoria".

    ResponderExcluir
  7. O leitor Pinta & Borda está convidado para ser o próximo Distribuidor de O BISCOITO MOLHADO, tarefa agradável que o atual distribuidor oferece de bom grado. O e-mail dieckmann@globo.com poderá ser usado para a obtenção das senhas necessárias. Basta escrever e deixar clara a intenção de ser o distribuidor, tudo formalmente.

    ResponderExcluir
  8. Declino de bom grado, do convite e deixo claro e formalmente que nunca tive a intenção de ser distribuidor do BM. Só seguidor e, eventualmente, comentarista. Mas se o atual Dieckstribuidor e/ou seus demais 17 seguidores estiverem desconfortáveis com meus comentarios com ou sem sabedoria, podem me descredenciar como membro. Fiquem a vontade. Se para o bem de todos e felicidades geral "danação", digam ao povo que fui.

    ResponderExcluir
  9. No BM 5248L Luca em tom de lamento, escreveu que “O Dieckmann não será mais provocado e nem terá seus carros comparados a veículos sem nenhuma importância. E agora seus asteriscos serão colocados em outros periódicos. O que seu emérito Distribuidor respondeu: “Os amigos do seu O BISCOITO MOLHADO irão manter o periódico vivo, por implicância.” E completou: “O Luca se enganou quanto aos asteriscos, que estarão mais ativos do que nunca. E extremamente ácidos, críticos, ou seja, o que de pior poderá se esperar de um asterisco”
    No BM 3865 de 17/12/2011, Carlinhos escreveu: “Nunca houve problemas entre os leitores e não-leitores desses asteriscos, com uma única exceção: ao saber que o nosso distribuidor manifestara desdém pelos não lidam com a informática, Rosa Grieco reagiu com alguma agressividade confundindo, porém, o Dieckmann com o Fischberg. Serenados os ânimos, tudo acabou bem, e o cachimbo da paz, o único que não faz mal a saúde, foi fumado por todos.”
    Reza a lenda que Dieckmann além de personagem constante, foi um dos grandes incentivadores do Carlos na longa vida dos BMs e também pela extraordinária manutenção e distribuição por toda uma vida, do seu histórico acervo.
    Dito isto, que longe de querer me comparar com a Rosa Grieco e muito menos ao Dieckmann (que com seus comentários “extremamente ácidos, críticos” são marcas registradas das edições do BM), recolho-me a minha insignificância sem antes prestar minhas sinceras homenagens ao mesmo.

    ResponderExcluir