Total de visualizações de página

segunda-feira, 19 de março de 2018

3097 - FM Sapiens ignorantis



O  BISCOITO  MOLHADO
Edição 5357 FM                           Data: 19 de Março de 2018

FUNDADOR: CARLOS EDUARDO NASCIMENTO - ANO: XXXV


O SENTIDO DAS FRASES


Tenho lido por aí o que dizem certos filósofos (ou não filósofos), frases que exigem reflexão, diante do mundo conturbado em que vivemos. Se alguém me perguntar o que está havendo, não sei responder, não sou crente nem descrente, não sou filósofo, não consigo explicar, mesmo porque não posso entender por que as pessoas estão vivendo em exaltação, excitação, confusão e em grande perplexidade. Até parece que a Terra vai desaparecer, vai explodir, seus mais de sete bilhões de seres pensantes dão a impressão  que  estamos vivendo os momentos finais de uma era. O ser humano está num dilema, debatendo-se sem encontrar uma solução, pois  ainda não entendeu que somente o homem pode salvar o homem, precisa encontrar um meio que possa evitar um desastre final. Não ficará ninguém para contar a história. E um dos motivos é que falta entendimento. É chegado o momento de crer, antes que se dê conta de ter havido um fracasso geral, que todos caminham de olhos vendados, caminha-se para o precipício, estamos dominados pela violência. O crime ultrapassou o limite da racionalidade. Mata-se por nada, mata-se por insanidade.
Os termos ética e moral estão perdendo sentido. Convém explicar, moral relaciona-se com as ações, ou seja, com a conduta real, enquanto a ética estabelece os princípios ou juízos que dão origem a essas ações. A ética e a moral, afirmam os filósofos, são como a teoria e a prática – a ética é a teoria da moral.
Todos têm uma moral, pois praticam o que pode ser examinado eticamente. Mas nem todos levam em consideração as ações que são certas e quais as que sejam  inaceitáveis.
Aqui, entra um pensamento de Kant: “A moral é a consciência humana.”
Para Aristóteles, sua ética tem como objetivo uma busca da felicidade, consiste na realização humana e no sucesso daquilo que o homem pretende obter ou fazer. O meio termo, ou equilíbrio, é o que caracteriza a ação ética, do que se conclui que o prazer, quando buscado em razão de outro modo (pela Justiça, como forma de estabelecer o equilíbrio  entre as partes, inclusive pela aplicação de penas), confirmando a ideia de que só o bem pode ser acrescido pelo bem. A felicidade é alcançada por atos nobres e virtuosos, que devem ser aprazíveis em si mesmos.
Está no Gênese bíblico (1;28): “E disse Deus: façamos o homem à nossa imagem, conforme à nossa  semelhança.”
E Nietzsche, em uma de suas máximas, afirmou: ”E o homem, em seu orgulho, criou Deus à sua imagem e semelhança.”  Depois, criou o super-homem, para explicar porque disse a frase mais contundente da filosofia moderna: “Deus está morto!” E foi adiante: “Mas, considerando o estado em que se encontra a espécie humana, talvez ainda por muitos milênios deverão existir grutas em que se mostrará a sua sombra.”
Para aliviar as tensões, mais aforismos do filosofo alemão: “Encontra-se sempre, aqui e ali, algum semideus que consegue viver em condições terríveis e ser vencedor. Quereis ouvir os seus cantos solitários? Escutai a música de Beethoven.”
E mais disse: “Sem a música, a vida seria um erro. A música oferece às paixões o meio de obter prazer delas; sem a música a vida não faria sentido.”
E eis Thomas de Aquino:
“Harmonizar a razão e a fé, mantendo a precisa distinção entre ambas, pois a razão ajuda a descobrir a existência de Deus, mas é insuficiente como guia para as ações humanas alcançadas pela fé, que é necessária para a descoberta de verdades mais elevadas, reveladas pelo conhecimento divino.”
De graça, uma sugestão: Poetas, artistas, filósofos, doutores da lei, ecologistas, cientistas, bispos e cardeais, pastores de almas e pastores de ovelhas, donos do saber, todos os que acharem que ainda pode haver salvação, é tempo de pensar, tempo de ver que logo ali, diante dos nossos olhos, há uma linha imaginária, com um aviso:  “...Para que tudo  não se transforme em pó.”
 Termina-se com um pouco mais de Nietzsche: “A vida mais doce é não pensar em nada.” 
“Carpe diem!  



Um comentário:

  1. "Carpe diem",
    principalmente hoje, 20 de março, Dia Internacional da Felicidade.

    ResponderExcluir