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quarta-feira, 25 de outubro de 2017

3074 - FM o algoritmo do futuro



O  BISCOITO  MOLHADO
Edição 5334 FM                           Data: 25 de outubro de 2017

FUNDADOR: CARLOS EDUARDO NASCIMENTO - ANO: XXXV


O MEU FUTURO


   
Eis algo novo, não sei por qual motivo, aparece nos meios de informação, sem a devida explicação para os não ligados à Matemática ou à Informática. Trata-se de um substantivo comum de difícil definição, pelo menos para mim, cuja ignorância não permite enxergar um palmo diante do nariz. Fui à pesquisa para saber o que é Algoritmo e logo encontrei o que diz o computador, que é um conjunto de operações sequenciais, lógicas e não ambíguas que, aplicadas a um conjunto de dados, permitem encontrar a solução para um problema em um número finito de passos.

Parei para pensar, analisando primeiramente meu estado físico, que é não dos piores mas de alguém, embora razoavelmente saudável, que está em fim de carreira, pela lógica dos números finitos que são aplicados ao seres humanos, nascidos para viver um período limitado de tempo. Quando passam dos 90, limitam-se aos cuidados especiais estabelecidos pelas ciências médicas, com o uso de  produtos destinados a evitarem um AVC, um infarto fulminante ou até mesmo uma gripe malcurada, que podem levar o indivíduo a outras paragens, rumo ao desconhecido. Desse modo, cuido-me com os medicamentos prescritos, evito a pressa ao andar pelas ruas esburacadas – dessas cabem cuidar os prefeitos e seus auxiliares, o que não fazem, por incompetência administrativa (ou por outros motivos, que os tais alegam para justificar o não feito). Não sei se o Algoritmo pode ser aplicado para salvar as vítimas e seus causadores.

Filosofando um pouco, no silêncio de um dia chuvoso, não creio que possa haver algo depois do fim. Terminado o período de minha modesta  mas agradável existência, acho que nada mais resta. Admitindo, entretanto, que meu iluminado e profícuo espirito alcance o infinito e tenha um retorno, espero que seja em um corpo saudável e razoavelmente apolíneo, QI no índice mais elevado, quem sabe, de um engenheiro competente  e criador, nascido em era de avançada tecnologia,  em que o tal Algoritmo seja aplicado até por crianças, afeitas aos intrincados meandros dos computadores. Serei eu, em novo corpo, criando o que imagino o que hoje é sonho de um futuro distante: transportes individuais movidos a energia solar, que trafeguem levados por um colchão de ar, em absoluta segurança, com radares que evitem choques ou acidentes provocados por pilotos irresponsáveis, como os de hoje, que usam telefone quando dirigem veículos poluidores, quando bebem ou quando estão transtornados pelos problemas causados por  uma esposa que tenha pespegado um lustroso par de chifres em represália  à infidelidade do distinto, como acontece nos dias atuais (já foi pior, quando reluziram facas afiadas,  ou balas fulminantes deram contas do recado). Meu espírito reencarnado deverá ter, também, a capacidade de harmonizar os dissidentes, que possa ser um criador de produtos que evitem doenças, e que prolonguem a vida, pois, como hoje, gosto de viver e gostarei muito mais, com os alimentos sem agrotóxicos, com roupas descartáveis, sem a necessidade de criadores de modas, como os de hoje, que são ligados aos fabricantes de tecidos e  adereços  embelezadores sofisticados, já que as belas já nascerão no ponto. E, muito mais, que as comunicações sejam praticamente sem palavras, que os pensamentos sirvam para entendimentos, embora um diálogo possa ser necessário, quando os dizeres sejam como suave música para o encanto das ninfas futuras, tudo como hoje, quando meia dúzia de termos enternecem e dão um sentido mágico à vida. Mesmo porque, deverá ser muito chato viver, como  na  Suécia ou na Dinamarca, onde pouco se fala, o que torna o  dia, já muito curto, um tanto sem sabor. Enfim, que eu, como engenheiro, médico ou cientista espacial, possa ser o que não sou, hoje, por culpa da minha incompetência. Não precisava  ser um Beethoven ou um novo Mozart, apenas músico de jazz, para dedilhar um piano “manero” criando efeitos que só os puros conseguem, como estando em estreito contato com Deus.




Um comentário:

  1. "que os pensamentos sirvam para entendimentos, embora um diálogo possa ser necessário, quando os dizeres sejam como suave música para o encanto das ninfas futuras, tudo como hoje, quando meia dúzia de termos enternecem e dão um sentido mágico à vida."
    Dizeres encantam não só as ninfas mas também às senhorinhas. Como aqui e no presente.

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