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terça-feira, 2 de setembro de 2014

2685 - Conhecendo os leitores

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O BISCOITO MOLHADO
Edição 4935                                      Data:  30  de  agosto de 2014
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CARTAS DOS LEITORES

Não sou apenas ouvinte do “Rádio Memória” da Roquette Pinto, também sintonizo essa emissora das segundas às quartas-feiras, 9 da noite, para desfrutar “Choros, Chorinhos e Chorões”. Sobre esse programa, tenho duas reclamações a fazer: por que só é citado o nome do Chico Buarque como autor de “Meu Caro Amigo” e também quando é tocado “Gente Humilde”? Omitir o nome do Garoto é imperdoável. Luca
BM: Mesmo com esses senões, é um ótimo programa, principalmente quando são desarquivados os tesouros de tempos pretéritos.
Clarice Azevedo, a jovem apresentadora, possui uma elogiável locução; ela, que chegou à Rádio Roquette Pinto como estagiária, alcançou esse cargo com mérito. Como é filha do compositor pernambucano, Geraldo Azevedo, herdou o bom gosto do pai.
Quanto às suas reclamações, Luca, já notei por várias vezes as falhas que você apontou.
No caso do “Meu Caro Amigo”, a gravação que vai sempre ao ar, nos “Choros, Chorinhos e Chorões”, é instrumental, ou seja, ouvimos a parte que foi composta pelo Francis Hime, contudo, ele é esquecido nos créditos.
Falha ainda mais gritante ocorre com “Gente Humilde”. Garoto, morto prematuramente com 40 anos, em 1955, compôs essa obra-prima para violão. Muitos anos depois, Vinícius de Moraes colocou uma letra e, reza a lenda, chamou o Chico Buarque para completá-la com uns poucos versos, assim, eles dois seriam parceiros do compositor e violonista que tanto admiravam. O que acontece nos “Choros, Chorinhos e Chorões”? Vinícius de Moraes é colocado à parte e, muitíssimo pior, Garoto, também; e só o Chico Buarque é citado como autor.
Artur da Távola, que reestruturou a programação da Rádio Roquete Pinto, quando secretário das Culturas , melhorando consideravelmente o seu nível artístico, está no além muito zangado com essas omissões, temos certeza.
Alertada, acreditamos que a competente Clarice Azevedo desfará essas injustiças do seu programa.
Ah, sim; para relaxar os nervos após os jogos do seu time, recomentamos “Tempo de Jazz” de Ana Lúcia Bizinover, aos domingos, 18 horas.

          Não só li o Biscoito Molhado que repercutiu o Rádio Memória com o David Ganc como convidado, também dediquei uma hora da manhã de domingo para pôr os ouvidos à escuta do programa com toda atenção.
-       Isso posto, pergunto: por que a redação desse periódico omitiu a parte em que Jonas Vieira se referiu aos candidatos desta campanha eleitoral de 2014? FDR
BM: Pois é, nós conhecemos o CAT, que não é o Carlos Alberto Torres, o grande capitão da Copa de 70 e o FDR, que não é o Franklin Delano Roosevelt, sem falar no RD, que não é o Robert Duvall e sim, o Roberto Dieckmann.
Mas vamos aos esclarecimentos; por questões de edição, eram mais de 1500 palavras, foi cortado o trecho em que houve referência aos senhores candidatos que buscam uma sinecura na próxima eleição. Agora, não existe este problema, por isso, tentaremos reproduzir o que o editor tesourou.
-Gente, é época de eleição – disse o Jonas Vieira em tom solene, mesmo com o Simon Khoury ao seu lado.
E prosseguiu com a mesma gravidade na voz:
-O pior de tudo é o voto nulo, o voto em branco, pois, com eles, são favorecidos os corruptos. Isso é uma coisa, agora, outra.
E voltou-se o Jonas Vieira para o seu convidado, o compositor, flautista e saxofonista David Ganc.
-Quantos candidatos são, David?
-25.366.
Depois da rápida resposta que lhe foi dada, o titular do programa Rádio Memória se pôs a classificar (alguns desclassificáveis) esses candidatos.
-2.321 são empresários; 1481, professores; 1376, advogados; 1544, policiais; 23, moto-boys; 2, coveiros...
-Algum para defender a classe artística? - interrompeu-o o seu convidado, enquanto o Simon Khoury se mantinha calado.
-8 artistas, mas todos de circo.
É o efeito Tiririca. - diria o Sérgio Fortes se lá estivesse, imaginamos.
-Agora, os nomes de alguns deles. - anunciou o Jonas Vieira.
-Hora do Rango, Chiclete, Chupa-Cabra, Cição Bandido, Barack Obama, Mister M, Filho do Padre, Eu Te Amo, Bagunça.  Isto é brincadeira!
-Não, caro leitor, “Isto é brincadeira” não é nome de candidato, mas a reação do Jonas Vieira diante de tanta bizarrice.
E arrematou solicitando mais uma vez ao eleitorado que votasse seriamente.
-Vamos fazer a nossa parte.- foi a sua conclamação patriótica a que fazemos couro.
Foi este trecho, meu caro FDR, que a Rádio Roquette Pinto transmitiu no domingo do Rádio Memória que nós só logramos escrevê-lo nesta edição.

-E o furdunço do avião do Campos? Não será mais canonizado... Leu no Góes sobre o cacique cobrando votos? Sem apito? Voltando ao ex-fututo santo, talvez ele não soubesse que havia irregularidade. Isso depõe contra o tirocínio do mesmo, e, para governar bem um país é necessário supra crepitam. Lembre-se do acidente com Ted Kennedy em que a moça se afogou e ele demorou muito a resolver a parada? Queimou para sempre a candidatura que iria manipular guerras frias e quentes. Rosa Grieco
BM: Com toda a certeza, minha cara Rosa, você manuscreveu esta carta antes de a Marina Silva ser entrevistada (ou interrogada) pelo William Bonner no Jornal Nacional.
Antes de mais nada, consultei os latinistas para entender inteiramente o seu texto antes de respondê-lo.
Como a citada locução latina sutor ne ultra crepidam  pode ser traduzida por “não vá o sapateiro além das sandálias”, ou seja, não vá um sujeito se meter numa matéria de que ele não entende, acredito que, ao retirar a negação e citar supra crepitam, a sua intenção  era de que o o Eduardo Campos deveria ir além da sua função de presidenciável (de sapateiro) e se inteirar das funções exercidas pelos seus companheiros de campanha. É um trabalho terrível para os candidatos a presidente da República que já tem mil afazeres, convenhamos.
Como você me escreveu no desenrolar das investigações  sobre o avião, tudo leva a crer que o Eduardo Campos o obteve de maneira ilícita, com participação direta. Assim, ele não será mais canonizado, você tem toda a razão.
Voltamos agora, à entrevista, ou interrogatório, a que o William Bonner submeteu Marina Silva, a substituta do finado. Ele se fixou no fato de ela ser conhecida pela sua honestidade e, assim, teria obrigação de indagar sobre a origem do avião.
Minha cara, Rosa, você já imaginou a Marina Silva, que chegou ao PSB como uma convidada, digamos, inquirindo sobre todas as pessoas e coisas do partido?  Por muito menos, membros do PSB já a haviam mandado cuidar da REDE dela, e um deles chamou-a de “hospedeira”, desconhecendo totalmente o seu significado em biologia, pois a intenção era ofensiva.
Resumindo, se ela, lá no PSB, exigisse toda a documentação da aeronave, como o William Bonner, no papel de advogado do diabo queria, e papéis do partido que a “hospedou”, seria vista como uma chata e o acordo político entre ela o Eduardo Campos não duraria uma semana.
Vamos incriminar as pessoas certas, mesmo que já estejam mortas, não é Rosa?


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