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O BISCOITO MOLHADO
Edição 5253L Data: 07 de janeiro de 2016
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PRATO CHEIO
Nunca consegui ouvir o decantado programa Rádio Memória,
da Roquete Pinto, mas também nunca perdi uma reprodução dele, todas feitas pelo
Carlos. Ela vinha traduzida, explicada, pesquisada e mastigada. Pronta para o
consumo.
Eu não ouvia pelo compromisso que tinha com meus treinamentos
de tênis de mesa, que coincidiam com o horário do programa. Mas agora, como
estamos em recesso do bate-bola, me foi possível sintonizar a 94.1 e ouvi-lo na
íntegra.
Uma beleza! Muito bem conduzido pelo Sergio Fortes –
eu ouvia o programa no rádio do carro e, por uma atenção mais demorada ao
trânsito, não me dei por conta do porquê da ausência do Jonas Vieira (isso, com
o Carlos, não aconteceria).
O programa transcorria como de hábito e eu, fora do meu
hábito, não corria, para que desse tempo de chegar ao meu destino junto com as
despedidas do apresentador. E não é que deu certo?
O curioso é que, pelo que eu conhecia do Carlos, o programa
estava à feição dele, para ser reproduzido em duas ou três partes. Vejam só:
Sergio comentou que disseram que o horário de verão
transtornava a vida dos cachorros. Indagou se alguém vira algum animal com um “Rolex”
preso à pata. E exclamou:
- Quanta besteira! Isto me lembra do Febeapá, do inesquecível
Stanislaw Ponte Preta – “Festival de Besteiras que Assola o País”.
Depois, referiu-se ao violinista André Rieu – esse
deu muito assunto.
Como próxima atração, Sergio Fortes anunciou Johann
Strauss. Muito à vontade, Carlos diria onde ele nasceu, quem o influenciou, a quem
ele influenciara, isso tudo com tanta harmonia, que a nós, só sobraria
valsar... E eu, de Strauss, só conheço mesmo “Danúbio Azul”.
Em seguida, o programa nos brindou com um pianista
apresentando “Samba em Prelúdio” e, diante da magistral execução, o nosso
Sergio se desculpa pela inveja que sente.
Imagino, nessa hora, o Carlos contando o momento criativo
dessa parceria - o Vinícius dizendo para o Baden que a música era plágio de um
determinado clássico.
Baden negava e tocava, tocava, até que o sol, já raiando,
fez Vinicius se convencer de que não era plágio e, em menos de dez minutos,
esmera uma maravilhosa letra!
E, como se não bastasse, Sergio Fortes nos oferece “Camerata
Brasil”, de Ernesto Nazareth. Esse é outro compositor que o amigo Carlos conhecia
profundamente.
E, é claro, que o Redator iria realçar as qualidades
e a competência de Sergio Fortes, minimizando, melhorando o sentido da palavra inveja, usada pelo locutor, ao elogiar o
pianista que executou o “Samba em Prelúdio”. A palavra valia como profunda admiração.
Finalizando, lembrando Baden, digo que, ao ouvir o primeiro
programa Rádio Memória, em 2016, o Carlos iria “Deitar e Rolar”.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirMais homenagens ao Carlinhos, mais uma vez por parte do Luca. O titulo é "PRATO CHEIO", mas o padrinho, editor e revisor do BM por vezes rebatiza a cria, a revelia do autor, eventualmente só pra ser provocador. E tb seu hábito, "asteriscar" o texto, para melhor contextualizar os demais leitores, as vezes com questionamentos mas tb com espirito de louvores.
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